quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PJ acredita que filho da médica de Coimbra planeou o homicídio

«PJ considera que os indícios são "extremamente fortes" e que terá havido algum grau de premeditação


- Médica Eugénia Madeira e o filho adoptivo Luís Castanheira -




Quando na terça-feira soube do homicídio da médica Eugénia Madeira, o ex-treinador da secção de futebol da Associação Académica de Coimbra (AAC) ligou para o clube e para os companheiros de equipa de Luís Filipe Castanheira para avisá-los, dizer-lhes que dessem força ao rapaz que perdera a mãe. Mas o rapaz, de 24 anos, filho adoptivo da médica de Coimbra, foi detido no próprio dia pela Polícia Judiciária e é agora o "presumível autor" do homicídio da mãe. "Fiquei em estado de choque", diz Bruno Fonseca.

Entre o momento em que o corpo da médica foi encontrado, na terça-feira de manhã, e a detenção do filho passaram escassas horas e a investigação policial desenrolou-se num ápice. Os indícios de que Luís Castanheira tenha matado a mãe são, segundo fonte ligada à investigação,"extremamente evidentes", mas os motivos aparentam ser mais complexos. "As as relações familiares, entre mãe e filho, eram cada vez mais tensas", disse ao PÚBLICO fonte ligada à investigação. O jovem de 24 anos vivia com a mãe, na urbanização Quinta da Lomba, em Coimbra.

O corpo da médica foi encontrado terça-feira de manhã, cerca das 8h30, pela empregada, num cenário de alguma violência: o cadáver encontrava-se em cima da cama, com dois golpes mortais no pescoço que, de acordo com a PJ, foram perpetrados com uma faca.

O corpo da vítima terá sido encontrado nu da cintura para baixo mas, segundo fonte do Instituto de Medicina Legal, os resultados da autópsia não revelaram "quaisquer sinais" de sevícias sexuais, como chegou a ser noticiado. Este facto, juntamente com outros indícios, como a corda que foi encontrada na varanda ou a desarrumação em que o apartamento se encontrava, levam a polícia a acredita que o suspeito do homicídio terá tentado "encenar" uma situação de assalto à habitação e de confronto com a vítima.

De acordo com a PJ, a arma do crime foi apreendida no apartamento que a médica tem na Figueira da Foz e onde o filho se encontrava de férias. O suspeito será hoje presente a tribunal.»
Texto in Público online, 09-9-2010
Imagem in "i" online, 08-9-2010

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