sábado, 2 de outubro de 2010

Janes, Cascais: Matou a companheira, o enteado e suicidou-se

«Um homem assassinou a tiro a companheira, o filho menor desta e suicidou-se, na manhã de ontem, em Janes, na freguesia de Alcabideche, Cascais. Os corpos foram encontrados pelo irmão do alegado homicida, que estranhou o facto de este não ter ido trabalhar.




António Amaral Rodrigues, de 69 anos é o alegado homicida da companheira, Paula, de 35 anos, e do filho desta, de apenas 12 anos, ocorrido ontem, na aldeia de Janes, perto da Malveira da Serra, em Cascais.

O crime terá ocorrido ao início da manhã, mas os corpos só foram encontrados perto da hora do almoço. “O irmão estranhou o facto de ele não ter ido trabalhar de manhã e foi ver o que se passava. Quando chegou à casa do irmão e ninguém atendeu, foi buscar uma chave que tinha em sua posse para abrir a porta.

Depois foi o horror”, confidenciou um vizinho, visivelmente transtornado com o ocorrido, mas sem encontrar explicação para o homicídio. “Ele era uma pessoa pacata, dava-se bem com toda a gente da aldeia e era querido por todos”, sustentou.

António Amaral Rodrigues sempre viveu em Janes, era empreiteiro e tinha a cargo algumas obras de construção civil nas redondezas. Havia enviuvado há sete anos, de um casamento do qual tinha duas filhas. Depois disso não lhe foram conhecidas relações pessoais até que há cerca de dois anos encontrou Paula, uma cidadã angolana que havia chegado à aldeia cerca de três anos antes, com o filho de uma anterior relação.

“Eles conheceram-se e começaram a viver juntos, mas a Paula era um pouco autoritária e gostava de ser ela a comandar tudo”, revelou, entredentes, uma vizinha, confidenciando que não era a primeira vez que o casal tinha problemas. “Ela não o deixava beber nada, por exemplo, e gritava muito com ele, mesmo no meio da rua”.

Ao que foi possível apurar, junto de fonte policial o homicídio terá ocorrido ao início da manhã. O corpo de Paula foi encontrado no quarto do casal e o da criança no quarto desta. Estavam ambos deitados nas camas. O corpo do alegado homicida estava prostrado à entrada da casa.

Os tiros terão sido disparados com uma caçadeira, propriedade do homicida/suicida, que era caçador. A Polícia Judiciária recolheu indícios do crime e falou com familiares.»


in JN online, 02-10-2010

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