sexta-feira, 11 de maio de 2012

Caso Camarate - A explicação de Conceição Monteiro, ex-secretária de Francisco Sá Carneiro


José Esteves cancelou a conta do YouTube onde estava este vídeo





«Em 1995, a ex-secretária do primeiro-ministro Sá Carneiro, Conceição Monteiro, deu uma entrevista à TVI onde explicou a sua versão sobre Camarate. Afirmou que sempre pensou que, a ter havido atentado, este seria contra o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, e não contra Sá Carneiro. Segundo a ex-secretária, a decisão de Sá Carneiro de voar no Cessna foi tomada em cima da hora, após uma conversa com Adelino Amaro da Costa. Este último é que estaria previsto, desde o início, para viajar naquele avião pelo que não parecia possível a Conceição Monteiro que se pudesse planear, em tão pouco tempo, um atentado contra o primeiro-ministro. Questionada sobre a existência de um segundo avião que teria vindo do Porto para transportar o primeiro-ministro para o comício, Conceição Monteiro garantiu que esse aparelho nunca chegou a Lisboa, pois ela própria telefonou para o Porto a cancelar o voo após a combinação entre Sá Carneiro e Amaro da Costa. Conceição Monteiro, ao mostrar-se convicta do que disse e ao não explicitar as declarações que prestara à Polícia Judiciária, acabou assim por criar na Opinião Pública a ideia de que Sá Carneiro embarcou à última hora no Cessna fatídico, prescindindo ainda dos bilhetes que estavam reservados para a TAP. No entanto, a ida para o Porto estava prevista desde o dia 1, três dias antes, sendo que a viagem sempre esteve prevista para ser feita a bordo de um avião privado, daí o facto de ter sido feito o pedido de um avião no Porto, o que ficou decidido no dia anterior, 3 de Dezembro. As reservas no voo TAP só deveriam ser usadas caso fizesse mau tempo e o avião privado não tivesse autorização de voo. Ao cancelar o avião do Porto, Conceição Monteiro selou o destino de Sá Carneiro e esclareça-se que, de facto, esse avião chegou a vir do Porto e estava estacionado no aeroporto de Lisboa ao lado do Cessna que viria a cair. Contudo, o piloto foi dispensado às 18 horas quando chegou ao aeroporto e, deste modo, Sá Carneiro, mesmo que quisesse, não teria podia viajar nesse segundo aparelho. Ainda hoje muitas pessoas estão convencidas de que não houve atentado contra Sá Carneiro porque não havia tempo para o preparar.»


Vídeo e texto in YouTube, 09-5-2012

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