quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Brasil: Adelaide Ferreira arrisca quatro anos de prisão por suspeita de encobrir aborto da filha menor

 
«Adelaide Ferreira arrisca uma pena de quatro anos de prisão no Brasil. Interrogada na quarta-feira à tarde pela Polícia Judiciária de Mato Grosso, a cantora é suspeita de ter encoberto o aborto da filha de 15 anos.
 
 
 
 

A jovem está numa casa de apoio em Cuiabá, desde que deu entrada, a 4 de janeiro, com hemorragias, no hospital, após ter ingerido quatro comprimidos de um medicamento abortivo comprado pela Internet.

Adelaide Ferreira afirmou que desconhecia a gravidez da filha, que viajou em setembro para o Brasil com o namorado de 21 anos. A viagem foi uma prenda da cantora pelas boas notas tiradas pela filha na escola.

A assessoria da Polícia Judiciária informa que a atriz negou ainda que a jovem já estivesse grávida quando aterrou no Brasil.

O delegado Paulo Araújo não acredita no testemunho da artista. Garante que há provas da conivência de Adelaide Ferreira, nomeadamente os testemunhos da filha, do namorado e da mãe do namorado, alegando que esta tinha conhecimento da situação.

"Os próprios esclarecimentos dos três - a adolescente, o namorado e a mãe dele - já indicam que a mãe da menor [Adelaide] tinha conhecimento. Mãe, filha e o namorado conversaram várias vezes via MSN webcam", afirmou o delegado.

Em declarações prestadas no dia 11 de janeiro deste ano, a filha de Adelaide admitiu em depoimento à polícia que engravidara do namorado brasileiro, ao contrário do que dissera anteriormente, quando informou que o pai era um "namoradinho", que estava em Portugal.

O namorado da adolescente, de 21 anos, e a mãe dele também responderão pelo crime de aborto com consentimento da gestante, cuja punição prevista no Brasil são quatro anos detenção.

A menor responderá por ato infracional de aborto provocado e poderá ter de cumprir medida socioeducativa no Brasil. A decisão caberá ao Juizado da Infância e da Adolescência de Mato Grosso.

O processo policial agora seguirá para análise do Ministério Público de Mato Grosso, que decidirá se acusará, ou não, os indiciados.»




Texto in JN online, 23-01-2013
Imagem in Google

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Casa Pia: Carlos Silvino (Bibi) preso

 
«Carlos Silvino, arguido no processo Casa Pia, foi esta manhã preso para cumprir a pena de 15 anos de prisão a que foi condenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
 
 
 
 
Silvino está neste momento no estabelecimento prisional da Polícia Judiciária, aguardando decisão sobre qual a cadeia para onde será transferido.
 
A prisão de Silvino – que também ficou conhecido pela alcunha ‘Bibi’ – foi executada depois de a sua defesa ter esgotado todas as possibilidades de recurso nos tribunais superiores. O último acórdão foi do Tribunal Constitucional, que em Dezembro chumbou o seu último recurso.
 
Os restantes arguidos do processo – Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Jorge Ritto, Manuel Abrantes e Hugo Marçal – , igualmente condenados pela Relação, estão a aguardar o desfecho dos respectivos recursos no Tribunal Constitucional.»
 
 
in SOL online, 16-01-2013

Aveiro: José Guedes, alegado 'Estripador de Lisboa', absolvido por falta de provas

 
 
«O Tribunal de Júri de Aveiro acaba de anunciar a decisão de absolver José Guedes, do crime de homicídio de uma prostituta em Cacia, em 2000.
 
 
 
 
 
 
Os juízes e os jurados decidiram pela absolvição, por «falta de provas suficientes para condenar o arguido», segundo explicou o juiz-presidente do Tribunal.
 
A decisão foi unânime entre os sete julgadores – três juízes e quatro jurados. No acórdão, conclui-se que não se provou ter sido José Guedes o autor do homicídio de Cacia, mas também não se provou de forma concludente que não foi ele.
 
José Pedro Mendes Guedes, de 47 anos de idade, casado, respondia pela acusação de assassínio de uma prostituta na Póvoa de Paço, em Cacia, que foi encontrada morta faz hoje precisamente 13 anos. Segundo refere o acórdão, nas descrições do homicídio que José Guedes fez a Felícia Cabrita, jornalista do SOL, serão mais as contradições com os factos verdadeiros, do que as coincidências com a realidade.
 
Entre as alegadas contradições está o facto de José Guedes ter dito que a vítima tinha cerca de 30 anos, chamava-se Vanessa e residia em Cortegaça (Ovar). Segundo se assinala ainda no acórdão, na realidade a jovem tinha 18 anos, chamava-se Filipa (não usava o pseudónimo de Vanessa para a prostituição) e morava em Cacia (Aveiro). Além disso, constata-se que o arguido começou por dizer que o homicídio foi no Verão, só que na realidade o assassínio foi cometido em Janeiro de 2000. José Guedes admitiu depois a Felícia Cabrita que tivesse sido em Janeiro, e não no Verão, que teria assassinado Filipa de Melo Ferreira, por estrangulamento.
 
José Guedes foi também absolvido da acusação do crime de incêndio, por não se provar ter sido ele quem incendiou a casa do vizinho, em 5 de Julho de 2006. Segundo o acórdão, não ficou provado em julgamento que esse incêndio, ocorrido no Bairro da Biquinha, em Matosinhos, tivesse origem criminosa.
 
Libertação e recurso
 
José Guedes vai sair dentro de momentos em liberdade, do Palácio da Justiça de Aveiro. Estava preso preventivamente desde 24 de Novembro de 2011. Na sala de audiências, a assistir à leitura do acórdão, estão a mulher, Nazaré Guedes, e o filho mais novo, Pedro Joel Guedes. Foi este que disse à jornalista Felícia Cabrita ser filho do ‘estripador de Lisboa’, o que foi confirmado mais tarde pelo próprio José Pedro Guedes em três entrevistas gravadas pela jornalista do SOL, em Matosinhos, testemunhadas pela repórter de imagem Maria Lopes. Ambas testemunharam as confissões, no julgamento, em Aveiro.
 
Nas alegações finais, a procuradora da República, Marianela Miranda Figueiredo, tinha solicitado a condenação de José Guedes, mas sem quantificar qual a pena que pretendia, tendo considerado que se fez «prova indirecta» de ter sido o arguido o autor de crime de homicídio qualificado (cuja moldura penal oscila entre 12 e 25 anos de prisão). E pediu «ousadia sentencial» aos juízes e jurados, no sentido de condenarem José Pedro Guedes.
 
O Ministério Público vai recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra desta absolvição.
 
Não será o estripador de Lisboa
 
Os três assassínios de prostitutas em Lisboa, ocorridos na década de 90 encontram-se já todos prescritos, pelo que José Guedes não foi julgado por esses crimes, que assumiu perante as jornalistas, mas depois negou às autoridades. Durante o julgamento, o arguido remeteu-se sempre ao silêncio.
 
Na avaliação que fez, o Tribunal de Júri considerou ainda que não poderia ter sido José Guedes o ‘Estripador de Lisboa’, dado que os pormenores dos três crimes não coincidem com aqueles que o arguido contou à jornalista Felícia Cabrita.
 
Segundo os juízes e os jurados, não coincidem no essencial os pormenores revelados por José Guedes à jornalista, quanto aos assassínios de Maria Valentina Lopes, Maria Fernanda Matos e Maria João Santos (cometidos entre 31 de Julho de 1992 e 15 de Março de 1993, o primeiro e último na Póvoa de Santo Adrião, Odivelas, e o segundo na zona de Entrecampos, em Lisboa).»


 
in SOL online, 16-01-2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

Canhestros, Ferreira do Alentejo: Irmãos mataram por engano homem que estava com a mulher e filho



«Os dois suspeitos do homicídio de um homem de 27 anos, na quinta-feira à noite, em Canhestros, Ferreira do Alentejo, são irmãos e já foram detidos pela Polícia Judiciária.

O homem terá sido assassinado por engano, uma vez que os suspeitos, de 19 e 28 anos, terão presumido que a vítima teria sido a autora de um roubo numa herdade da zona, de que era encarregado o suspeito mais velho.
 
No entanto, a vítima não teria nada a ver com o roubo de diverso material da herdade, como motosserras, torneiras e cabos, relataram as fontes.
 
Alegadamente para vingar o roubo, segundo as fontes, o encarregado da herdade, com o auxílio do irmão, de 19 anos, terão cometido o homicídio, após uma emboscada.
 
Fontes policiais adiantaram à Lusa que têm ocorrido diversos furtos de metais não preciosos em herdades na zona de Ferreira do Alentejo, designadamente cobre.
 
O homicídio ocorreu quando a vítima estava no próprio automóvel, com a mulher e um filho, de dois anos, de regresso a casa, em Canhestros, quando, cerca das 23:15 de quinta-feira foi baleado, a partir de um outro veículo, onde estariam alegadamente os dois irmãos, explicaram as mesmas fontes.
 
Os tiros de caçadeira terão sido disparados "diretamente contra a vítima" do interior do outro veículo, de cor cinzenta, do qual a GNR recolheu algumas informações e que terão contribuído para as investigações.
 
A vítima, natural de Aldeia de Ruins, também no concelho de Ferreira do Alentejo, foi assistida no local por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação e foi transportada, a receber manobras de reanimação, para o Hospital de Beja, onde já chegou cadáver às 00:52 de sexta-feira, segundo disse à Lusa fonte hospitalar.
 
A mulher e a filha não sofreram quaisquer ferimentos.»



in JN online, 12-01-2013